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| TEATRO | ||||||||
| Acompanhe o melhor do teatro adulto e infantil! As principais estreias nos palcos estão aqui. Não deixe de ler as matérias e críticas. |
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Observações sobre a apresentação de Boca de Ouro no Festival Teatro Vivo | ||||||||
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Boca de Ouro no Teatro Vivo está com um frescor incrível. O elenco está a cada dia mais à vontade no palco. É nítido o prazer que possuem em interpretar e, por esse motivo, cada personagem tem um encantamento ímpar. Malvino Salvador executa com competência as nuances do seu Boca de Ouro. Claudio Fontana tem uma presença de palco que faz com que o "seu" Leleco cative o público, corpo e voz à serviço do melodrama e de um humor sutil e inteligente. O mesmo acontece com Mel Lisboa, que faz a Celeste esposa de Leleco. E Lavínia Pannunzio, a contraditória Guigui com toda a sua vaidade e temperamento volúvel, merece também atençao. Ela conta com a competência de Leonardo Ventura para que a trama se desenrole de maneira prazerosa. Chico Carvalho consegue dar vida simultaneamente ao repórter e à Maria Luísa (que estabelece num certo momento, com Celeste/ Mel Lisboa, um embate vigoroso). Cacá Toledo e Guilherme Bueno são essenciais para a condução da história e para a concretização plena da concepção cênica do diretor Gabriel Villela. E por falar na direção, ela é tão criativa que a cada sessão o espectador tem a possibilidade de perceber detalhes que colaboram para que essa montagem seja vibrante e inesquecível. Humor apurado, que traz um melodrama que evidencia o caráter crítico de uma obra que nos faz pensar sobre a ambiguidade do ser humano, o quanto um fato pode ser manipulado de acordo com os interesses de cada um. A magia e poesia do trabalho de Gabriel Villela emana no palco do Teatro Vivo. Além de tudo o que já foi citado, a trilha sonora interpretada por Mariana Elisabetsky, o confete e a serpentina que imprimem à encenação um espírito carnavalesco e a ambientação das cenas numa gafieira, - alusão ao local do nascimento do protagonista - fazem com que esse espetáculo ganhe um encantamento ímpar. Muitas dessas observações já foram expostas na página em homenagem ao diretor, mas nunca é demais reforçar o quanto esse trabalho merece ser visto. E vc só tem hoje, sábado, e domingo para conferir. Tem o jogo do Brasil, mas dá tempo de sobra de ir depois ao teatro. Ah o teatro, o teatro ganha com Gabriel Villela um poder de reflexão e encantamento que nos faz ter a certeza do poder na arte para que o nosso cotidiano ganhe mais beleza e esperança. É o teatro que nos faz acreditar que a delicadeza vence o caos do dia a dia. Ficarei com saudade de Boca de Ouro, mas é bom guardar com carinho as lembranças de algo que nos causou encantamento e nos emocionou. E com certeza, muitos trabalhos lindos do Gabriel virão para abrilhantar o nosso teatro. Produzir é tarefa complicada num país onde a arte não é tratada com o devido respeito, mas ainda bem que existem produtores como o Claudio Fontana, que amam o teatro e respeitam os profissionais que atuam na área e, claro, respeitam o público que merece produções de qualidade. O #FestivalTeatroVivo, idealizado pelo André Acioli, faz com que Boca de Ouro feche com chave (de ouro) a sua trajetória que ganhou o merecido apreço do público e da crítica. Ótima receptividade em todos os lugares pelos quais passou. |
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