O Crime do Século como a mídia classificou um fato ocorrido nos Estados Unidos, em 1924, é o assunto do musical que fez sucesso na off-Broadway.
Leandro Luna e André Loddi protagonizam o espetáculo que revive, com passagens ficcionais para que a linguagem teatral tenha consistência, a história verídica de dois jovens, Nathan Leopold e Richard Loeb. Eles cometeram um crime de sequestro e assassinato que chocou o mundo pela frieza com a qual foi cometido.
Uma ação em nome da adrenalina de estar subvertendo a ordem e se sentir superior às leis vigentes. Jovens inteligentes, e cheios de vida. Mentes doentias que dialogam com a teoria do super-homem, da filosofia de Friedrich Nietzsche.
A vítima foi o garoto Bobby Franks, de apenas 14 anos de idade, vizinho e parente de Loeb. Somente após 30 anos de prisão Leopold revelou o motivo da brutalidade cometida.
O musical, com direção de Zé Henrique de Paula, começa com Leopold já preso e revivendo o passado. No decorrer da encenação, o público fica sabendo que seu ex amante foi seu companheiro de cela e acabou morrendo assassinado.
Leopold conta os detalhes de sua vida com Loeb, com quem mantinha um romance obsessivo e sempre ajudava em atos criminosos. Uma paixão que o fez compactuar com loucuras diabólicas e passar décadas na prisão, até vislumbrar a possibilidade de liberdade condicional.
Leandro Luna (Leopold) e André Loddi (Loeb) vivem os personagens com muita competência. Atuações seguras, vigorosas, intensas, que traçam com maestria a mente de pessoas que são capazes de matar por simples prazer.
Loddi é diabólico porque arquiteta as ações criminosas e não sente culpa alguma pelas suas ações. Já Leopold, é uma mente mais complexa do que aparenta. Ele se diz arrependido e traz consigo todo o peso de anos vividos na prisão, revelando que não era tão manipulado quanto Loddi acreditava.
Luna apresenta com maestria todas as nuances do personagem. Loddi faz com desenvoltura o jovem destemido e também apresenta com eficiência a insegurança que Loeb revela quando a polícia está investigando o caso.
Com texto, música e letras assinados por Stephen Dolginoff e a tradução assinada por Luna e Loddi, o musical conta com uma trilha sonora que complementa os diálogos e reforça a intensidade da montagem.
A direção de Zé Henrique realça a dramaticidade das cenas, com o foco nas interpretações dos atores. Gestos e movimentações são milimetricamente coreografadas, muitas vezes até em demasia, para evidenciar a emoção dos personagens, a densidade da história e o absurdo das revelações de Leopold.
A iluminação de Fran Barros contribui para dar força à trama e o ar de frieza que permeia as atitudes dos assassinos.
Zé Henrique assina o cenário que leva para o palco a cela da prisão em que os personagens permaneceram enclausurados.
Pacto é um musical que foge das produções tradicionais do gênero, geralmente com muitos atores no palco e histórias mais direcionadas à diversão. Traz uma direção apurada, atores que têm experiência em musicais, uma equipe que merece aplausos e um assunto que promove intensidade na encenação e nas reflexões que proporciona sobre amor, obsessão e os limites obscuros da consciência humana.
Em alguns momentos essenciais para a trama, o pianista Andrei Presser assume a figura do homem que escuta as confissões de Leopold e André Loddi assume o piano ( visto que a peça tem um caráter intimista, com poucos personagens no palco).
FICHA TÉCNICA
Texto, Música e Letras: Stephen Dolginoff
Versão Brasileira: Leandro Luna e André Loddi
Colaboração tradução e versões: Mariana Lobato
Elenco: Leandro Luna e André Loddi
Direção: Zé Henrique de Paula
Direção Musical: Guilherme Terra
Piano: Andrei Presser
Cenário: Zé Henrique de Paula
Figurino: Minha Avó Tinha Brechó
Iluminação: Fran Barros
Preparação de Atores: Inês Aranha
Assistente de Direção: Lucas Farias
Assistente de produção: Mariana Lobato
Fotos: Caio Gallucci
Designer Gráfico: Alê Pessoa
Direção Financeira: Néctar Cultural
Assessoria de Imprensa: Morente Forte
Idealização: Leandro Luna e Andre Loddi
Produção: Luna Prodart e Néctar Cultural
Produtores: Leandro Luna, Danny Olliveira e Priscilla Squeff
Realização: Néctar Cultural
TEATRO PORTO SEGURO
Temporada: 11 de julho a 30 de agosto
Quartas e quintas às 21h
Duração: 1h20
Classificação indicativa: 14 anos
Gênero: Musical
Endereço: Alameda Barão de Piracicaba, 740 – Campos Elísios, São Paulo
Valor do ingresso:
Plateia: R$60,00 (inteira) e R$30,00 (meia)
Balcão: R$50,00 (inteira) e R$25,00 (meia)
Frisas: R$ 40,00 (inteira) e R$20,00 (meia)
Vendas: www.ingressorapido.com.br
Acessibilidade
Capacidade: 508 lugares
Bilheteria:
Horário de funcionamento: Terça a sábado, das 13h às 21h e domingos, das 12h às 19h
Telefone: (11) 3226-7310
Aceita cartões: Débito: Visa Eléctron/ Redeshop /Crédito: Amex/Visa/Mastercard/Dinners/Hipercard | Não aceita pagamento em cheque / Vale Cultura
Estacionamento: Estapar – Horário comercial para compra de ingressos a 1ª hora e meia é isenta.
De segunda-feira a sexta-feira a partir das 17h30 o valor é fechado R$20,00. Todos os clientes Porto Seguro tem desconto de 50%.
Serviço de Vans:
TRANSPORTE GRATUITO ESTAÇÃO LUZ – TEATRO PORTO SEGURO – ESTAÇÃO LUZ
O Teatro Porto Seguro oferece vans gratuitas da Estação Luz até as dependências do Teatro.
COMO PEGAR: Na Estação Luz, na saída Praça da Luz/Rua José Paulino, vans personalizadas passam em frente ao local indicado para pegar os espectadores. Para mais informações, contate a equipe do Teatro Porto Seguro.
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