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| TEATRO | ||||||||
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Festival de Curitiba -G.A.L.A de Gerald Thomas. Com Fabiana Gugli | ||||||||
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Gerald Thomas sempre trabalha com o visual, cor, sensações. Uma estética com pitadas de surrealismo, que dialoga com a performance e com a pintura. Vale dizer que o título da peça é inspirado na artista de vanguarda russa Gala Dalí, casada com o famoso pintor. A imagem fala do que o texto, que é pequeno. GALA fala de alguém que nega Beckett, autor que Thomas já encenou. Talvez negue a própria arte?! Ou estabelece com a arte e com a vida um misto de amor e ódio? Um misto de ficção com inquietudes do diretor e de problemas atuais. Como o diretor trabalha com a imagem e ela não é estática, luz, trilha e movimento da atriz nos colocam frente a frente de um emaranhado de possibilidades. É o artista no mar à deriva? Sem rumo ou em busca dor porvir? Pode ser tudo isso ou nada disso. A perda do amor, a solidão e o limite tênue entre sanidade e loucura. O telefone tocando nos dá o sinal que o mar revolto certamente simboliza a alma doída e dolorida. Com certeza cada espectador terá a sua visão sobre o significado de G.A.LA, que acima de tudo tem um visual belíssimo. Iluminação nota dez. Fabiana Gugli levando para o palco uma mulher em erupção, com os sentimentos à flor da pele. Muitas pessoas dizem que é complicado entender as encenações do Gerald Thomas. Não existe mesmo um texto com começo meio e fim, mas gritos e explosões que colocam em questão o valor da arte e da vida, que nos colocam diante de um mundo caótico, onde as pessoas perderam a identidade e a empatia. Um mundo tecnológico e com pouca energia de troca. O individualismo e a incerteza de como será o amanhã, o Brasil sustendo um poder que conversa com o fascismo e nos deixa temerosos com relação ao amanhã. Um momento de interrogações e incertezas. Uma peça encenada on-line e que agora ganha o palco do Guairinha - presencial. O teatro que pulsa novamente. |
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