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| TEATRO | ||||||||
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| Críticas - Teatro Adulto | ||||||||
| Beetlejuice - os fantasmas se divertem | ||||||||
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Personagens excêntricos, com trejeitos exagerados, humor ácido, cenas que valorizam o espírito fantasmagórico, visagismo para caracterizar os fantasmas e músicas que prendem a atenção. Beetlejuice, os fantasmas se divertem, estreou em 1988 no cinema. Mesmo após mais de 30 anos, a obra de Tim Burton tem público fiel. O teatro musical abraçou essa história e o sucesso na Broadway foi imenso, com prêmios. No final do ano passado, Beetlejuice ganhou versão aqui no Brasil. Fez muito sucesso no Rio e agora está em SP. Diversão de qualidade que fala de pessoas apegadas ao bens materiais, que não conseguem aceitar que faleceram. Com direção artística de Tadeu Aguiar e direção geral de Renata Borges Pimenta, ‘Beetlejuice - O musical, tem libreto original de Scott Brown e Anthony King e música de Eddie Perfect. A versão brasileira é de Claudio Botelho. A música faz com que o humor do texto seja realçado e os atores cantam, interpretam, dançam e encantam. E as cenas de sapateados são marcantes. O nonsense está presente e muitas falas mostram o quanto o homem pode ser perverso, com atitude imbecis, pela falta de amor. A solidão pode gerar muita revolta. Escutar o outro, olhar para o outro, pode fazer com que uma alma amargurada ganhe luz. Nem sempre musicais de sucesso no exterior podem receber no Brasil uma versão com o nosso "gingado". Muitas vezes são, e precisam ser cópias fiéis do que foi montado lá fora, mas Beetlejuice além da tradução das músicas, tem brasilidade, com nomes e expressõs ligadas ao nosso dia a dia. O visagismo de Anderson Bueno caracteriza muito bem os personagens, em especial os mortos, com as perucas do Ateliê San Roman. A trama: Um casal recém-falecido em um acidente de carro não aceita a sua condição. Apegados à vida terrena, se tornam fantasmas e ficam presos em sua antiga casa. Quando a residência é vendida, eles fazem de tudo para que os novos moradores não fiquem no local. Para expulsá-los, eles pedem a ajuda de um fantasma mais “experiente”, o Beetlejuice. Claro que ao planejar estratégias para que os novos moradores saiam de lá, ocorrem muitas trapaças e confusões. João Telles é o alternante Beetlejuice e diverte a plateia com planos mirabolantes e macabros. Excelente comediante. Não fui ao espetáculo para ver o Eduardo Sterblitch e João está muito bem, e por mais que tenha aviso que sessões podem ser feitas pelo stand in, como nos programar para assistir com quem preferimos se não é avisado com antecedência quem estará no palco? Enfim, quem adquire o ingresso é avisado sobre esse detalhe e quanto mais atores de de talento com a aportunidade de brilhar no palco, melhor! |
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