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Críticas - Teatro Adulto

Alegria, Alegria é uma ode ao talento dos nossos artistas, à beleza da diversidade do povo brasileiro. Uma linda celebração da Tropicália e da nossa cultura.
Publicado em 21/05/2017, 02:00
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Num momento tão complicado de nossa política, com preconceitos acirrados, reviver a Tropicália é oportuno. Nos anos 60, época em que ela teve voz, a Ditadura era a triste realidade, com censura e violência.

Hoje, é preciso que a sociedade, sobretudo os mais jovens, que pouco sabem sobre ¨os anos de chumbo¨ entrem em contato com um momento histórico tão pulsante culturalmente, mas triste com relação ao respeito pelos Direitos Humanos.

Não podemos deixar que o nosso país passe por situações penosas e para isso, conhecer o passado é essencial.

Nesse musical, não existem diálogos e os fatos históricos, portanto, não são mostrados de maneira linear e explícita.

Textos, com roteiro assinado por Góes e Zélia, pontuam as cenas, entre as canções, muitas falas são de músicas emblemáticas do período, ou que trazem o mesmo espírito irreverente, crítico e libertário.

Nesse musical, o nosso país é ¨tropical, abençoado por Deus e bonito por natureza¨, mas a formação do nosso povo e a construção da nossa cultura não são mostrados através de elementos ou expressões pejorativas, mas de uma maneira positiva e inteligente.

Alegria Alegria mostra que somos muito mais do que o estereótipo de um povo simpático, alegre, país do futebol e do Carnaval. Um país diverso, criativo, com muitas riquezas naturais e culturais, que precisa conhecer de perto a história para que o respeito reine nas relações humanas e para que as ações em prol de uma sociedade mais justa tenham efeito.

As cenas são simbólicas e as letras das músicas, as vestimentas e as movimentações e gestos dos atores têm significados que nos levam a entender um pouco da importância da Tropicália dentro do contexto da época e o seu legado para os dias de hoje.

O formato é o de um show, mas os conteúdo das músicas são ¨traduzidos¨ cenicamente de uma maneira poética.

O objetivo é que a alegria tome conta do espectador, mas sem deixar de lado a reflexão sobre a importância de valorizarmos a nossa cultura e os nossos artistas.

A Tropicália não dispensava ¨o que vem de fora¨, muito pelo contrário, a cultura estrangeira era fonte de inspiração, mas o valor da nossa cultura também impulsionava a criação dos artistas, em especial Caetano e Gil (Roberto Carlos, Vicente Celestino, Aracy de Almeida e Tom Jobim estão entre os artistas que serviram de inspiração para as composições de um movimento que também provocou transformações no comportamento).

Moacyr Góes, entre os nossos grandes diretores, assina o seu primeiro musical com elegância e competência. Moacyr rege a equipe com maestria.

Além da sua sensibilidade enquanto idealizador do projeto e criador,acertou em cheio na escolha de todos os profissionais.

O elenco é formado por artistas completos, que cantam, dançam e interpretam com a alma. Vozes especiais e diversas, que representam a variedade de nossa cultura (e por isso ela é tão rica!).

Zélia Duncan é o destaque natural pela sua fama no campo da música. A artista, além da linda voz, é carismática, expressiva, narra o espetáculo com vivacidade.

Josi Lopes, Laura Carolinah, Luana Zenun, Nay Fernandes, Pamella Machado, Stephanie Serrat, Talitha Pereira, Bruno Fraga, Daniel Caldini, João Felipe, Luiz Araújo, Marcos Lanza, Patrick Amstalden, Cadu Batanero e Ingrid Gaigher formam esse elenco de grandes talentos.

Vale a pena citar o trabalho de Ary Sperling, que assina a direção musical e arranjos. A cenografia de Helio Eichbauer, que criou uma estrutura para receber os atores e músicos com uma espacialidade que permite que as movimentações ganhem vida de uma maneira dinâmica.

Cores, texturas e movimentos evidenciam aspectos da nossa cultura, do nosso modo de pensar e agir e algumas simbologias relacionadas à nossa formação e a construção de nossa identidade. A coreografia é de Alonso Barros; Fabio Namatame é o responsável pelo figurino e visagismo.

Thiago Gimenes (diretor vocal e regente) e Ary Sperling ( diretor musical) trabalharam juntos para trazer a linguagem do teatro musical para músicas que já possuem teatralidade e realçam a beleza dessas criações geniais, tanto no que se refere às melodias, quanto aos significados das letras.

Na cenografia, destaque para o vídeo cenário de Richard Luiz, que ajuda a contar a história da Tropicália, e para a bandeira criada por Helio Heichbauer, com várias configurações e que sintetiza (muito bem) o espírito desse movimento.

Enfim, um espetáculo que precisa ser visto por quem ama o nosso teatro e a nossa MPB. Uma oportunidade para reviver momentos emblemáticos da nossa história e um impulso para se buscar mais informações sobre esses fatos.

Entrevista com Luiz Araújo, que integra o elenco:
http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=207#linha

Matéria:
Musical ¨Alegria, Alegria celebra os 50 anos da Tropicália - Com roteiro e direção de Moacyr Góes, o musical tem como grande destaque a presença da cantora Zélia Duncan
http://www.deolhonacena.com.br/index.php?pg=3a2b&sub=199#linha

Ficha Técnica:
Roteiro e Direção: Moacyr Góes
Direção de Movimento e Coreografia: Alonso Barros
Direção Musical: Ary Sperling
Direção Vocal e Regência: Thiago Gimenes
Cenografia: Helio Heichbauer
Vídeo Cenário: Richard Luiz
Figurino e Visagismo: Fabio Namatame
Direção de Arte: Luis Bueno
Designer de Som: Tocko Michelazzo
Designer de Luz: Fran Barros
Assistente de Direção: Beatriz Lucci
Assistente de Coreografia: Ciça Simões
Assistente de Figurino: Juliano Lopes
Assistente de Cenografia: Marieta Spada
Produção de Cenografia: Jorge e Denis Produções Cenográficas
Produção de Vídeo Cenário: Rodrigo Arcangelo e Marcio Oliveira
Produção de Elenco: Giselle Lima
Produção Executiva: Jardel Romão
Produção Geral: Bárbara Guerra
Produtores Associados: Julio César e Moacyr Góes

Serviço:
Teatro Santander
Quintas e Sextas, às 21h00, Sábados, às 18h00 e 21h00, e Domingos, às 18h00. TEMPORADA: 13 de maio a 9 de julho de 2017
http://teatrosantander.com.br/programacao/alegria-alegria
Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2041 Itaim Bibi, São Paulo – SP
Bilheteria Teatro Santander
Complexo do Shopping JK Iguatemi
Horário de Funcionamento
Domingo a Quinta: 12h às 20h ou até inicio do espetáculo.
Sexta e Sábado: 12h às 22h.

Clique nas imagens para ampliar:

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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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