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Entrevistas e dicas de espetáculos

ENTREVISTA – Ator Eduardo Moreira está em cartaz com Danação no Sesc Ipiranga e continua com os compromissos como integrante do Grupo Galpão
Publicado em 19/08/2018, 22:00
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Danação é um espetáculo intimista, com a energia de um ator vigoroso e que faz um teatro que prima pela pesquisa e com uma dedicação integral ao ofício.

O ator, diretor e dramaturgo Eduardo Moreira tem uma trajetória de merecido reconhecimento no teatro. É um dos fundadores do Grupo Galpão, conhecido e reconhecido no Brasil e no exterior, por uma trajetória baseada no talento e na dedicação ao teatro, com sede em Belo Horizonte/MG e administração do Galpão Cine Horto, espaço com sala de espetáculos e programação cultural para a comunidade.

Um artista que prova o quanto é possível fazer teatro fora do chamado eixo Rio-São Paulo e promover arte com respeito para com o público, num contato vigoroso, seja através de encenações em espaços tradicionais ou nas ruas e praças.

Com certeza, dois trabalhos de Eduardo que são antológicos na sua carreira - Jesus e Romeu - dos espetáculos A Rua da Amargura e Romeu e Julieta, ambos dirigidos com maestria por Gabriel Villela, são sempre lembrados por todos que se interessam por teatro e acompanham o Grupo Galpão. Vale lembrar que em 2000 o Galpão apresentou Romeu e Julieta no Globe Theatre de Londres. O primeiro grupo brasileiro a apresentar-se no espaço que foi de Shakespeare.

Nos 36 anos de existência do Grupo, no entanto, o artista realizou inúmeros trabalhos que merecem aplausos – 22 montagens com direção de integrantes do grupo e artistas convidados (além de Gabriel Villela, Eid Ribeiro, Cacá Carvalho, Paulo José, Yara de Novaes, Paulo de Moraes, Marcio Abreu, entre outros).

No momento, além de cumprir agenda de apresentações de trabalhos com o Galpão e ensaios do novo espetáculo, com direção de Márcio Abreu, Moreira está em cartaz no Sesc Pinheiros com o monólogo Danação, primeira experiência solo nos palcos e primeira realização fora do Galpão como ator, desde a sua fundação, em 1982.

Danação é o teatro promovendo o seu encantamento através de uma obra que fala de amor e fala também de arte. Afinal, Eduardo respira teatro intensamente e lindamente.

Na trama, recheada de poesia: um homem, diante da plateia, narra memórias do tempo vivido por ele dentro do coração de uma mulher, depois de despencar naquele lugar, onde conviveu com uma menina que se escondia da morte.

Alguns vestidos são manipulados em cena pelo ator, que também é o responsável por executar a luz e a trilha. Além do acordeon de Romeu e Julieta, que abrilhanta a encenação, tem vestidos de A Rua da Amargura e Álbum de Família.

Moreira tem experiência na área de direção. Dirigiu o Galpão em Um Molière Imaginário e Ó Prô Cê Vê Na Ponta Do Pé, em parceria com Fernando Linares, e já dirigiu espetáculos do Grupo Cotia de Belo Horizonte (voltará a dirigi-los).

Nessa entrevista para o De Olho Na Cena, EDUARDO MOREIRA fala de Danação, do Galpão e fala da sua dedicação ao ofício, que lhe tem proporcionado viagens por todo o Brasil e pelo exterior, com contatos preciosos com artistas que fazem a arte pulsar e com um público ávido por cultura de qualidade.

ENTREVISTA:

NANDA ROVERE - Gostaria que falasse sobre Danação. Como conheceu esse texto tão poético, essa contação de causo deliciosa?
EDUARDO MOREIRA - Danação é o texto do Raysner de Paula, um jovem dramaturgo de BH. Eu já tinha montado um texto do Raysner chamado Ópera Sabão, com um grupo chamado Maria Cotia, também de Belo Horizonte, que conta a história de uma companhia de circo-teatro. O Raysner me chamou para ler Danação e a repercussão da leitura foi muito boa, com um retorno muito positivo do público, e o autor me pediu para ler o texto mais uma vez, no Centro Cultural da Vale, em Belo Horizonte. A partir daí, conversamos sobre a possibilidade de montar a peça porque eu gosto muito do texto, por ele ter uma pegada muito poética de um homem que tenta reconstituir os cacos da sua memória e a sua relação com uma menina que morreu. Ele a conheceu habitando o coração da mãe dessa menina. Um texto que tem um arcabouço muito poético para uma história que fala de amor e morte, dois polos fundamentais da vida. O autor aborda esses assuntos de uma maneira singela e suave, mas também muito profunda. Eu tenho muito prazer em encenar esse texto.

NR - Como é estar sozinho no palco, num espaço intimista, visto que com o Grupo Galpão você está sempre com muitos atores em cena?
EM – É bastante difícil, é o contraponto de tudo o que eu já fiz, porque é extremamente intimista. A plateia está praticamente dentro da cena; é uma conversa com a plateia o tempo todo. A presença do espectador é essencial para a condução do espetáculo. É a primeira vez que faço um monólogo. Como o Galpão tem uma agenda muito lotada, é muito difícil conseguir brechas para trabalhar fora do grupo. Com esse espetáculo eu faço uma dobradinha com o Marcelo Castro, que coincidentemente é o diretor do meu espetáculo. Ele faz Prólogo Canino-Operístico às quintas e sextas e eu apresento Danação aos sábados e domingos, porque assim eu tenho a possibilidade de ensaiar em Belo Horizonte o novo espetáculo do Galpão. A minha trajetória é muito ligada ao Galpão e é Importante buscar outros caminhos, novas experiências e riscos.

NR - A presença do Galpão está muito clara no acordeon que você toca em cena...
EM - Tenho um carinho muito grande por esse instrumento. Eu comprei na Itália em 89 e ele é o acordeon do Romeu, do espetáculo Romeu e Julieta, com direção de Gabriel Villela. De uma certa maneira, o Galpão está aqui nesse trabalho, nesse espetáculo que além de tratar da morte e do amor, fala do teatro, do teatro como um lugar de recolher situações poéticas.

NR - E as viagens com Danação,...
EM - Eu já apresentei em alguns festivais, participei do Festival de Teatro de Aracaju, em Natal participei do Festival dos Clowns de Shakespeare, passei por cidades do interior de Minas; apresentei no Oi Futuro, no Rio; na Biblioteca Maria de Andrade, em São Paulo; no Festival de Curitiba eu estive no espaço do Ave Lola. Danação tem viajado e eu procuro sempre fazer em sedes de grupos, como uma forma de ter uma relação com os artistas desses grupos. O espetáculo tem uma estrutura de produção e técnica muito simples e é fácil viajar com ele.

NR - Sem desmerecer os demais trabalhos, Romeu e Jesus, de A Rua da Amargura, são personagens muito marcantes.
EM - Aprendi muito com esses dois trabalhos. Eles foram formadores. O Romeu e Julieta é uma marca. Um espetáculo extraordinário que tem uma força muito grande. A Teuda (Bara), quando foi trabalhar no Cirque Du Soleil, com direção do canadense Lepage, foi convidada porque o diretor a viu na apresentação de Romeu e Julieta, no Globe. Lepage disse ao produtor do Soleil que queria a atriz de um grupo brasileiro que ele tinha visto em Romeu e Julieta. Ele não lembrava nem do nome do grupo nem sabia o nome da atriz, mas a personagem “ama” marcou muito o diretor... Romeu e Julieta encantou diferentes plateias, desde o Vale do Jequitinhonha até o interior de Pernambuco; encantou o público de Londres, da Alemanha recentemente unificada. Um marco não somente na carreira do Grupo Galpão, mas também no teatro brasileiro. O teatro exige sempre uma presença forte do ator e eu estou sempre perseguindo o ideal de estar muito entregue em cena. No teatro estamos no presente, aqui e agora, e estamos sujeitos à imperfeição da humanidade, que é a coisa mais bonita do teatro, o encontro com o espectador.

NR - Com o Galpão você viaja pelo mundo, encontrando artistas e se relacionando com grupos diversos, com a oportunidade de estar no repertório com os espetáculos numa época onde as temporadas estão curtas e as viagens são geralmente complicadas. Fale um pouco sobre as suas andanças através do teatro.
EM - Temos uma responsabilidade enorme com o público e o patrocínio da Petrobras nos possibilita escolher rotas que estão normalmente fora do roteiro cultural. Como o Galpão traz muito consigo o teatro de rua, apresentamos muito os espetáculos em cidades que não possuem teatro. Agendamos, por exemplo, viagens para o Vale do Jequitinhonha e para o Rio São Francisco, tanto em Minas quanto no Nordeste; para o Tocantins, viajamos de Belém até Palmas. Uma companhia como o Galpão, que alcançou grande projeção, é uma esperança para os jovens artistas, é uma chama de esperança de que é possível se fazer teatro. Nesses 35 anos viajando pelo Brasil, encontramos muitos artistas jovens e sempre fazemos questão de falar sobre a nossa experiência através de oficinas e bate-papos. As pessoas se sentem muito agradecidas e esperançosas para começarem numa profissão tão difícil como é o teatro. Já encontrei muitas pessoas que começaram a fazer teatro depois que assistiram aos espetáculos do Galpão. Isso é muito revelador, bonito e gratificante. O encanto dos espetáculos do Galpão encoraja muitas pessoas a optarem pela carreira artística.

NR - Gostaria que falasse sobre o teatro em BH e o trabalho que realizam na cidade, com a sede e o Cine horto.
EM - Belo Horizonte hoje é uma cidade que tem um movimento teatral muito forte, especialmente de grupos, e eu não tenho dúvida que a trajetória do Galpão contribuiu muito para isso, fazendo espetáculos, pensando a arte, se renovando a partir do fazer teatral e se relacionando com a comunidade. O Festival Internacional de Teatro começou pelas mãos do Galpão. O Cine Horto deu abrigo a grupos novos que hoje movimentam o teatro na cidade. Belo Horizonte conta com um público que se interessa pelo teatro e a discussão sobre o fazer teatral é muito viva. O Marcelo Castro é do Grupo Espanca! e essa temporada no Sesc Ipiranga marca o encontro entre o Galpão e um grupo que surgiu a partir da Mostra Cenas Curtas do Galpão Cine Horto. Um encontro entre gerações diferentes que estão juntas repensando o teatro.

NR - E a sua experiência como diretor e dramaturgo?
EM - Eu tenho assinado várias direções e procuro realizar parcerias com grupos (não somente na direção, mas também na dramaturgia). Tenho trabalhado muito com o Maria Cotia, que é um grupo muito ligado ao teatro de rua em Belo Horizonte. Já dirigi dois espetáculos deles e agora estamos realizando um terceiro projeto, um solo com Leonardo, que é um dos mais antigos atores do grupo. Também tenho uma parceria com o grupo Cidade de São José dos Campos, com quem eu montei o texto Um Dia eu vi a Lua, do Luís Alberto de Abreu. O espetáculo teve grande repercussão aqui em São Paulo e ganhou prêmios. Como diretor, dialogo com artistas mais novos, levando a minha experiência e também aprendendo com eles. De uma certa maneira, eles transformam a minha visão sobre o que é o teatro e essa troca é muito valiosa.

NR - Já pode falar sobre o novo espetáculo do Galpão?
EM - A direção é de Márcio Abreu e pretendemos falar sobre a alteridade, a relação com o outro. Vai ser uma criação própria, assim como Nós, e vai falar de uma questão que é muito importante nos trabalhos do Márcio, os limites entre a teatralidade e a formatividade. É um espetáculo que, assim como Nós, está exigindo do Galpão uma presença muito forte e vamos ver no que vai dar esse buraco negro que é o encontro com o público.

NR - Você respira teatro, está sempre em atividade, criando, viajando com as montagens. Como é essa dedicação integral ao teatro?
EM - Eu encaro como uma missão. O teatro exige uma dedicação intensa e é preciso dar conta disso. O teatro nos dá muita coisa.

NR - Algo que gostaria de acrescentar sobre Danação ou sobre a sua trajetória como integrante do Galpão?
EM - Quando você assiste aos espetáculos do Galpão que foram dirigidos pelo Gabriel Villela, Paulo José, Paulo de Moraes, Yara de Novaes, Eid Ribeiro e Márcio Abreu você vê resultados diferenciados, realizados por mãos diferentes e com visões também diversas sobre o fazer teatral. O Galpão sempre buscou desafios, como um grupo de atores que eventualmente é dirigido por integrantes e que tem também uma ação de convidar outros artistas para nos dirigir. Isso proporcionou ao grupo uma característica heterogênea e gerou espetáculos de estruturas e gêneros diferenciados, o que é uma marca indelével do nosso trabalho de criação. Estamos juntos, não em função de um determinado diretor, ou de uma determinada cabeça, mas em função dos interesses dos atores. Uma espectadora foi nos ver no Rio e fez uma observação muito interessante: ela disse que era muito bonito ver os espetáculos do Galpão e ver um grupo de atores envelhecendo juntos em cena. Ela teve uma percepção muito bonita da nossa trajetória como um grupo de atores.

NR - O que lhe vem à mente quando você pensa nos 35/36 anos do Galpão?
EM - É uma vida. Construída a partir de um coletivo do teatro. É bonito. O registro dessa experiência é muito importante para as lembranças e para a nossa memória. Este ano, ou no próximo, o Sesc vai publicar um livro referente ao Galpão, atualizando o registro dos 35 anos.

Ficha técnica
Dramaturgia de Raysner de Paula.
Direção de Marcelo Castro e Mariana Maioline.
Com Eduardo Moreira.
Iluminação: Rodrigo Marçal/Arte Gráfica: Luísa Rabello.
https://www.facebook.com/espetaculodanacao2016/

Serviço:
Sábados, às 19h30, e domingos, às 18h30, até 25/08. Projeto Teatro Mínimo. O texto e a interpretação do ator, num espetáculo intimista.
Marcelo Castro apresenta Prólogo Canino-Operístico.
Quintas e sextas às 21h30. Até 24/08.

E o excelente De Tempos Somos, com o Grupo Galpão, terá duas apresentações no Parque da Independência/SP.
Quem não viu, tem que ver!
#DETEMPOSOMOS + AÇÃO PERFORMÁTICA – NOVA MONTAGEM
DE TEMPO SOMOS
Direção: Lydia Del Picchia e Simone Ordones
Duração: 70 minutos
Gênero: Sarau Literário Musical
Classificação livre
SÃO PAULO – SP
7 de setembro (sexta-feira)
Ação Performática – nova montagem do Grupo Galpão
Parque do Ipiranga – SP
8 de setembro (sábado)
De Tempo Somos
Parque do Ipiranga – SP
Feriado com música e poesia.
SINOPSE
Com esse trabalho o Galpão realiza um sonho antigo de celebrar, com o público, o encontro do teatro com a música, tão presente na trajetória de 35 anos da companhia. Em cena, o grupo propõe um novo formato de espetáculo, e se apresenta num sarau de canções, poesia e festa.
Duração: 70 minutos
Gênero: Sarau Literário Musical
#deolhonacena
Recomendação: Vale chegar com um pouco de antecedência porque as apresentações do Galpão sempre lotam.

Grupo Galpão
Agenda, histórico do grupo e dos espetáculos
www.grupogalpão.com.br

Espetáculos:
Repertório
-NÓS 2016 Direção: Marcio Abreu
-DE TEMPO SOMOS – Um Sarau do Grupo Galpão 2014 Direção: Lydia Del Picchia e Simone Ordones
-OS GIGANTES DA MONTANHA 2013 Direção: Gabriel Villela
-TIO VÂNIA (AOS QUE VIEREM DEPOIS DE NÓS) 2011 Direção: Yara de Novaes
-TILL, A SAGA DE UM HERÓI TORTO 2009 Direção: Júlio Maciel
Antigos
-ECLIPSE – 2011 Direção: Jurij Alschitz
-PEQUENOS MILAGRES 2007 – 2011 Direção: Paulo de Moraes
-UM HOMEM É UM HOMEM 2005 -2007 Direção: Paulo José
-O INSPETOR GERAL 2003 – 2007 Direção: Paulo José
-UM TREM CHAMADO DESEJO 2000 – 2002 Direção: Chico Pelúcio
-PARTIDO 1999 – 2002 Direção: Cacá Carvalho
-UM MOLIÈRE IMAGINÁRIO 1997 – 2007 Direção: Eduardo Moreira
-A RUA DA AMARGURA 1994 – 2002 Concepção e Direção Geral: Gabriel Villela
-ROMEU & JULIETA 1992 – 1994 | 1995 – 2003 | 2012 -2013 Concepção e Direção Geral: Gabriel Villela
-ÁLBUM DE FAMÍLIA 1990 – 1992 Direção: Eid Ribeiro
-CORRA ENQUANTO É TEMPO 1988 – 1994 Direção: Eid Ribeiro
-FOI POR AMOR… 1987 – 1992 Direção: Antonio Edson
-TRIUNFO – UM DELÍRIO BARROCO 1986 – 1987 Direção: Carmen Paternostro
-A COMÉDIA DA ESPOSA MUDA 1986 – 1993 Direção: Paulinho Polika
- ARLEQUIM SERVIDOR DE TANTOS AMORES
1985 -1986 Direção: Fernando Linares
-Ó PRÔ CÊ VÊ NA PONTA DO PÉ 1984 – 1991 Direção: Fernando Linares e Eduardo Moreira
-DE OLHOS FECHADOS 1983 – 1987 Direção: Fernando Linares
- E A NOIVA NÃO QUER CASAR… 1982 – 1985 Direção: Fernando Linares

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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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