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| TEATRO | ||||||||
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| Entrevistas e dicas de espetáculos | ||||||||
| Sísifo com Gregório Duvivier traz humor inteligente para falar de assuntos do mundo contemporâneo | ||||||||
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Sísifo Segundo Gregório Duvivier e Vinícius Calderoni, o objetivo principal do trabalho é colocar no palco a linguagem do meme e gifs, que evidenciam uma contemporaneidade mercada pela velocidade das informações, as quais nunca sabemos com exatidão se são verdadeiras ou falsas. Apesar do avanço na tecnologia estamos repetindo valores e ações do passado, muitos de caráter retrógrado e reprováveis. Apesar das tentativas de mudanças, ou da ilusão que elas acontecerão, o ser humano está preso a um dia a dia regado pelo medo, por ações rotineiras e está sempre na corda bamba. Sísifo é o mito de um homem que carrega uma pedra morro acima, ela cai e logo em seguida esse homem recomeça a mesma ação, ininterruptamebte e eternamente. Na peça, ações e pensamentos se repetem. Existem pequeninas mudanças, mas a essência continua a mesma. Como sair desse ciclo vicioso se nesse mundo de memes e Gifs a reflexão quase não existe? Não conseguimos olhar o próximo com a merecida atenção e muito menos resolvermos os nosso problemas! É preciso entender o real sentido da vida, mas sem reflexões isso é impossível. Cada viver vez mais o homem perde esse poder nos dias de hoje. Está perdendo o sentido da e vida porque o amor é algo banal e morrer pode ser a (equivocada) salvação. Todas essas questões são expostas através de pequenos quadros. Gregório está em cima de uma rampa que se transforma em diversos espaços e serve de suporte para que o artista coloque inúmeras inquietações humanas em pauta. Movimentações intensas refletem o quanto o ser humano vive atormentado e o quanto é difícil agir de maneira sensata. Questões importantes são exploradas através do humor. A dupla de criadores optou por não fazer um espetáculo com críticas diretas à nossa política atual, mas elas estão presentes nos assuntos abordados. Num momento de impacto cênico. Marielle é citada. assim como o crime que ocorreu em Brumadinho ganha destaque na fala de Duvivier. O artista dá um show em cena. Mostra a sua excelência para o humor, para a criação de personagens e para o canto. A sua expressão corporal é digna de muitos aplausos. É através da expressão corporal que a o ritmo frenético e repetitivo da vida ganha o palco. Uma festa. Transpor a barreira de inúmeras pessoas dançando é uma tortura. A tortura aumenta quando o personagem encontra a sua antiga namorada. A partir desse momento, o público acompanha variadas situações onde está em evidência o lado patético, e muitas vezes trágico, do ser humano. Dramaturgia de Gregório Duvivier e Calderón Cenário de André Cortez Figurino de Fause Haten Hoje, domingo, 7, tem sessão no Teatro da Reitoria. www.festivaldecurtiba.com.br Solo de Gregório Duvivier Em junho estreia no Sesc Consolação #festivaldecuritiba #deolhonacena |
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