O Ofício do Ator
Com Claudio Fontana
Projeto Rumo 2022
Proac 2021
O Ofício do Ator
Com Claudio Fontana
Projeto Rumo 2022
Proac 2021
¨O QUE MAIS ME ENCANTA NO TEATRO É A POSSIBILIDADE DE VIVER EMOÇÕES QUE NÃO SÃO AS MINHAS¨
¨O ator dá vida a um ser imaginário em situações imaginárias¨
¨O ator conta uma estória e o espectador tem o poder de imaginar¨
Ser ator é uma profissão fascinante pelo poder de sensibilizar as pessoas. O ator tem o poder de fazer a plateia rir ou chorar¨
¨Estar em cena no palco é uma experiência única. A cada dia o teatro nos oferece uma experiência única porque a cada dia estamos diferentes e a plateia é diferente¨
¨Através das artes a sociedade se desenvolve. A cultura gera pensamento¨
¨Ser artista é estar em conexão com tudo que acontece no Brasil e no mundo¨
¨Ser ator é ter o poder de transformar alguém da plateia¨
¨O teatro – fazer teatro - é o aprimoramento do poder de transformação da realidade¨
¨A arte é importante para derrubar preconceitos¨
CLAUDIO FONTANA
Mediação Profa. Elisa Cristina mendes seixas
Alunos do Instituto Profissionalizante Paulista – IPP – Jovens aprendizes
CLAUDIO FONTANA E O SEU AMOR PELO OFÍCIO DO ATOR
Claudio Fontana, ator e produtor, é daqueles artistas que falam do seu ofício com amor, experiência e se emocionam ao rever a sua trajetória.
No encontro on-line, que ocorreu no dia 21 de junho de 2021, via plataforma Zoom, aberto para todos os interessados em ouvir detalhes sobre como é o ofício de um ator, Fontana contou um pouco da sua história profissional, falou sobre o mercado de trabalho para os artistas e deu dicas importantes para quem deseja seguir a carreira na área de artes cênicas.
Fontana nunca tinha pensado em ser ator, brincava de teatro quando era criança, assistia novelas e frequentava salas de espetáculos, mas ser ator era algo impensável.
Felizmente o teatro acabou cruzando o seu caminho. Era atleta no Clube Pinheiros/SP e começou a fazer teatro mais para desinibição do que qualquer outro motivo.
Era gerente de marketing de uma empresa e entre 1984 e 1990 o teatro era algo que o encantava, mas não tinha pensado até então em viver da arte de interpretar.
Em 1990 recebeu o convite de Gabriel Villela, diretor com quem já tinha trabalhado no Clube Pinheiros, para integrar o elenco de Vem buscar-me que ainda sou teu, de Carlos Alberto Soffedini. Foi o seu primeiro trabalho profissional como ator, não tinha falas, tocava acordeon e encantou tanto o público que ganhou prêmio revelação como melhor ator. A partir desse momento ¨ser ator¨ começou a ser uma realidade com um futuro promissor.
Devido ao seu trabalho em ¨Vem buscar-me (excelente/inesquecível espetáculo) foi convidado por Silvio de Abreu e Jorge Fernando para participar da novela Deus nos Acuda, da Rede Globo, em 1992.
A paixão pela atuação ¨falou mais alto¨ e Fontana deixou um emprego seguro (aparentemente seguro porque segurança é algo relativo num país como o Brasil) para abraçar integralmente a carreira de ator.
¨O teatro amador foi a minha escola, onde aprendi e experimentei ser ator¨, disse.
O ator fez questão de frisar para os jovens que a carreira na área artística tem uma característica ímpar: não existe estabilidade e muito menos um plano profissional como em outras atividades. Isso, no entanto, não diminui o seu ofício, muito pelo contrário. Só é preciso se adaptar e sempre guardar dinheiro, por exemplo, quando um trabalho é muito bem remunerado. É essencial ter em mente que ocorrem altos e baixos¨, existem momentos com diversos trabalhos, em outros períodos a escassez de oportunidades pode ocasionar preocupação com relação ao sustento. O encantamento da profissão é tão grande que vale a pena se dedicar à arte. ¨Devemos fazer o que nos deixa feliz¨.
Claudio fez Deus nos Acuda, 1992, Fera Ferida, 1993 (novelas da Globo), a peça A Guerra Santa, direção Gabriel Villela, 1993 – viajou para Londres e uma curiosidade: o ator fala inglês tão correntemente que uma senhora não entendeu como um espetáculo de brasileiros tinha somente um ator britânico! (o Claudio, claro). Obs: Também usou o seu domínio do inglês para a tradução da peça O Sonho, de Strindberg, que Gabriel Villela levou para o palco em 1996.
Até 1995, quando fez As Pupilas do Senhor Reitor, no SBT, tudo ia tranquilo, mas após o final das gravações não havia convites de trabalhos... Com a sua colega de novela Luciana Braga fundou a BF produções e, desde então, Fontana produz teatro (hoje sem a atriz como sócia).
Em 26 anos de atividades, a BF assinou a produção de muitas peças com a direção de Gabriel Villela (em muitas montagens atuou e produziu e em outras foi o responsável pela direção de produção ¨somente¨).
A sua última produção foi Henrique IV com direção de Villela, que esteve em cartaz no Sesc Vila Mariana. Como domina também o italiano, assinou a tradução da obra de Luigi Pirandello.
Um ponto muito importante destacado pelo ator durante a conversa: Ator não é só quem é famoso, quem está em evidência na TV. Existem atores em todas as áreas da atuação: TV, cinema, teatro, dublagem, etc).
Outro ponto essencial: para ser ator é preciso ter habilidade e conhecimento, e o conhecimento é adquirido a partir de muito ESTUDO.
Uma dica para quem se interessa pela área artística e não sabe se essa é a sua vocação e paixão: fazer cursos rápidos e se sentir que esse é o seu caminho, aí sim fazer cursos profissionalizantes, seja uma faculdade de artes cênicas ou frequentar escolas particulares que oferecem o DRT após a finalização do estudo.
Conselhos para ser um ator de sucesso:
1- É preciso ter conhecimento – falar e entender o português, para entender o texto e o personagem, ler de tudo e estar sintonizado com o que acontece ao seu redor e no mundo;
2- Domínio das técnicas
3- Talento
4- Vocação
5- Sorte
Contou um fato, para terminar o bate-papo, que sempre faz questão de relembrar, pois o emociona bastante, e sinaliza o papel transformador do teatro:
Durante as viagens com o espetáculo Feliz Ano Velho, no qual Fontana vivia um tetraplégico (personagem baseado na vida do autor da obra Marcelo Rubens Paiva), ele e a atriz Denise Del Vecchio se encontraram com alguns cadeirantes e os convidaram para assistirem ao espetáculo.
Depois da apresentação, um dos convidados procurou o ator para agradecer-lhe. Disse que nunca tinha aceitado, até aquele dia, a sua deficiência. Tudo mudou após a oportunidade de prestigiar a peça: entendeu que era possível ser feliz mesmo com as barreiras que a vida lhe impôs.
Claudio Fontana – ator, produtor, tradutor, economista, administrador ( USP)
Elisa Cristina Mendes Seixas - Psicopedagoga (Pós-graduação) - Faculdade Pinheirense – São Paulo/SP
Orientadora no Instituto Profissionalizante Paulista
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Claudio está em cartaz com A Última Sessão de Freud - Teatro Porto Seguro/SP
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Integra o elenco do filme Broto legal, em cartaz nos cinemas do Brasil
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