Lara Córdula é excelente atriz e tem no espetáculo O Mal Entendido, de Albert Camus, com direção de Ivan Andrade, um ponto alto da carreira.
O trabalho da atriz na peça encantou Varzea e ele resolver escrever um texto especialmente para a atriz. Dolores é o seu segundo texto. O elogiado espetáculo Silêncio.doc , com autoria e atuação do ator e diretor (direção de Marcio Macena), levava para o palco a luta de um homem para superar a separação e era autobiográfico.
Em Dolores, Varzea une fatos que são reais e outros que possuem dose de imaginação. A ideia é falar da sedução a partir de ¨uma mentira bem contada¨e remeter a trama ao oficio de atriz.
Lara é uma contadora de histórias. Narra uma história que fala da vida, que fala do teatro. Dolores convida jornalistas para assistir uma única apresentação de O Último Suspiro de Uma Atriz e ela estão tão cansada da profissão que começa a contar a sua história. Será que o que ela conta é realmente verdadeiro?
Dolores é a união de dois artistas de talento, que possuem uma trajetória muito interessante no teatro, as quais merecem atenção. Varzea acompanho a carreira desde o excelente musical Ópera do Malandro, direção de Gabriel Villela, e, coincidentemente, conheci Lara também num trabalho com direção de Villela, o também excelente O Concílio do Amor.
Um pouco sobre os trabalhos de Marcelo Varzea e Lara Córdulla
MARCELO VARZEA Formado pela CAL – Casa das Artes de Laranjeiras, o ator, diretor e dramaturgo carioca Marcelo Varzea mora desde 1991 em São Paulo, onde tem uma sólida carreira no teatro. Protagonizou espetáculos de importantes encenadores brasileiros, como Gabriel Villela, Amir Haddad, Felipe Hirsh, Dennis Carvalho, Wolf Maya, João Fonseca, Marcia Abujamra, Jefferson Miranda e Roberto Lage, entre outros. Em 2018, estreou o solo de sua autoria “Silêncio.doc”, dirigido por Marcio Macena, permanecendo oito meses em cartaz e tendo sete indicações a prêmios, além de virar livro editado pela Cobogó. Também se destacou em musicais de sucesso como “Garota de Ipanema: O Musical da Bossa Nova”, “Cazuza – Pro dia nascer feliz, o musical”, “Elis – A Musical” e “Rock in Rio – O Musical”. Um de seus mais importantes papeis foi o protagonista Max Overseas na montagem icônica de Gabriel Villela para “A Ópera do Malandro”. Ainda no teatro, dirigiu “Do Kitsch ao Sublime”, “MICHEL III – Uma Farsa À Brasileira”, de Fabio Brandi Torres e “A Porta da Frente”, de Julia Spadaccini.
LARA CÓRDULLA Em 1985 concluiu o curso Profissionalizante de Formação do Ator no INDAC. Em seguida, realizou cursos de Interpretação e Análise de Texto com a atriz Ester Góes e o Professor de Comunicação de Rádio e Televisão Rubens Teixeira. Fez 6 anos de balé clássico na Escola Municipal de Bailado; cinema com o diretor Walter Lima Jr., e vários cursos de atuação em vídeo. Fez parte do CPT (Centro de Pesquisa Teatral) coordenado por Antunes Filho. Estreou no teatro em 1986, atuando em mais de 50 espetáculos, dirigidos por: Gabriel Vilella; (Concílio do Amor e a Vida é Sonho), Fauzi Arap; (Frida), Iacov Hillel; (As Polacas); Jorge Takla; (Seis Graus de Separação), Vladimir Capella; (Maria Borralheira), João Falcão; (A Ver Estrelas), Gianni Rato; (A Carta e Morus e Seu Carrasco), Roberto Laje; (Anjo Na Contra Mão), Marco Antônio Braz (O Grande Dia, Boca De Ouro e Falecida); Débora Dubois; (Guerra Na Casa De João); Mario Bortolotto; (Felizes Para Sempre), Alexandre Reinecke; (Sua Excelência, O Candidato), Clarisse Abujamra; (Mambo Italiano e A Fantástica Casa De Bonecas), Kiko Marques; (Cais, da indiferença das embarcações), Ulysses Cruz; (O Camareiro), Clarisse Abujamra (Cenas De Uma Execução), Léo Stefanini (O Pai), Ivan Andrade (O Mal Entendido), entre outras.
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