Fluxorama traz a união de profissionais competentes, que têm reconhecimento no meio teatral pela qualidade dos trabalhos.
Com texto de Jô Bilac, produção da Morente Forte comunicações e direção de Monique Gardenberg, o espetáculo propõe uma interessante reflexão a respeito do homem contemporâneo e o fluxo da vida.
No palco, Caco Ciocler, Juliana Galdino, Luiz Henrique Nogueira e Marjorie Estiano, que interpretam quatro monólogos. Os seus personagens estão em situações-limite, realidade e alucinação se misturam.
São fluxos de pensamentos muitas vezes sem muito nexo (em situações complicadas muitas vezes a perda da razão (mesmo que momentânea) é decorrente.
As cenas evidenciam a complexidade e a finitude da vida. Num certo momento tudo está bem, no minuto seguinte tudo pode mudar tragicamente.
No primeiro fluxo, AMANDA (Juliana Galdino) é uma mulher com uma doença degenerativa repentina. Ela decide manter sigilo quanto ao seu estado e vai perdendo outros sentidos vitais. A partir dessa doença grave, a personagem reflete sobre a sua existência e suas escolhas na vida.
A interpretação de Juliana é visceral, ora engraçada, ora com toques de desespero. Ela acaba aceitando a sua condição e aprende a conviver com a doença. Conversa com a plateia e expõe as suas angústias, ironias e loucuras.
No segundo monólogo, LUIZ GUILHERME (Luiz Henrique Nogueira) sofre um acidente de carro e está preso nas ferragens do veículo. O lugar é deserto e ele espera socorro. Enquanto não é encontrado, tenta manter a consciência e revê a sua vida.
A interpretação está focada na expressão facial e na voz, já que só um foco de luz ilumina a face do ator, visto que o personagem já não sente mais o seu corpo de tanta dor e de tantos machucados.
Já VALQUÍRIA, vivida por Marjorie Estiano, corre pela primeira na São Silvestre em São Paulo.
Ela está quase desmaiando de cansaço, mas terminar a corrida é essencial porque ela está cansada de deixar as coisas pela metade. Marjorie mostra uma preparação corporal impressionante, pois passa os 20 min da cena correndo.
Em MEDUSA, o ator Caco Ciocler, vive um homem que está num banheiro e tenta meditar em meio ao caos urbano. Tarefa difícil porque ele não consegue se desligar do stress do cotidiano.
A cenografia traz projeções que contribuem para ambientar a ação em espaços diferentes e a trilha serve para ligar as cenas. O destaque fica para os atores, que com as suas interpretações marcantes, ocupam o palco com as suas energias pulsantes.
Jô Bilac assina um texto moderno, que mostra fatos relacionados ao mundo contemporâneo e inquietudes relacionadas ao homem comum.
Somente até domingo 21 de agosto.
Fluxorama
Temporada: De 22/7 a 21/08/2016
Quinta e sexta, às 21h
Sábados, às 19h e às 21h
Domingos, às 18h
Local: Teatro (200 lugares)
Não recomendado para menores de 14 anos
Ingressos: 12,00 a R$ 40,00
Sesc Ipiranga
Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga
Telefone – (11) 3340-2000
www.sescsp.org.br/ipiranga
Acesso para deficientes físicos
Ingressos à venda pelo portal www.sescsp.org.br ou nas bilheterias das unidades
Bilheteria Sesc Ipiranga - Terça a sexta das 12h às 21h, sábado das 10h às 21h30 e domingo e feriado das 10h às 18h (ingressos à venda em todas as unidades do Sesc).
Não temos estacionamento
|