Depois da estreia no Rio de Janeiro e temporada no Sesc Pompéia, em São Paulo, a peça continua em cartaz no Teatro Eva Herz até 13 de dezembro.
No palco estão Fernando Vieira, que entrou no lugar de Marcos Breda na segunda temporada paulistana; Luciana Fávero e MiwaYanagizawa.
Uma garota, Carol, estudante universitária, vai à sala de seu professor,John, pedir para que ele aumente a sua nota. Ela não consegue entender as suas aulas e precisa de uma boa média porque é bolsista.
A trama acontece em três cenas: Num primeiro momento, Carol fala sobre as suas dificuldades de entender a matéria e questiona o método de ensino do professor. Ele praticamente não lhe dá atenção porque está prestes a ser promovido e precisa cuidar da compra de uma nova casa.
Num segundo momento, John é quem chama a menina porque ela insinuou na secretaria da faculdade que foi assediada pelo professor.
Por fim, o professor é demitido e chama a menina para tentar contornar a situação. O embate entre os dois é intenso e ele acaba cometendo uma loucura, um ato impensado e violento.
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A peça, que já foi encenada pelos atores Antonio Fagundes e Mara Carvalho, nos anos 90, com direção de Ulysses Cruz, ganha uma montagem intimista que prima pela experimentação cênica, já que atores se revezam nos papéis de professor.
No palco, é apresentada uma versão tradicional com o professor (Fernando Vieira) e a aluna (Luciana Fávero); outra que traz duas mulheres em cena (a professora, vivida pela atriz MiwaYanagizawa, e a aluna), além de algumas sessões onde os atores que interpretam o Professor dividem a cena com Luciana Fávero.
A direção de Gustavo Paso está focada na força do texto e na (excelente) interpretação dos atores. Algumas pequenas mudanças da localização do cenário e na luz delimitam as trocas de cenas. As movimentações dos atores são precisas, o que faz com que o jogo entre os personagens.fique ainda mais impactante .
A cada momento a tensão aumenta. Impossível despregar o olho dos acontecimentos. Um teatro que coloca em discussão questões de relevância e atuais, de maneira inteligente e perturbadora.
Oleanna é a primeira parte de uma trilogia de montagens de textos de David Mamet. Race, a segunda parte, que fala de racismo e justiça, está em cartaz no Rio de janeiro, até 20 de dezembro, no Teatro Poerinha. Quinta a sábado às 21h00 e domingo às 19h00. Elenco: Gustavo Falcão, Heloisa Jorge, Luciano Quirino e Yashar Zambuzzi.
Ficha Técnica
Direção: Gustavo Paso
Autor: David Mamet
Tradução: Marcos Daud
Adaptação: Marcos Daud, Gustavo Paso e Marcos Breda
Elenco: Fernando Vieira,; Luciana Fávero e MiwaYanagizawa.
Trilha sonora: Andre Poyart
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Cenografia: Teca Fichinski e Gustavo Paso
Figurino: Jô Resende
Administração de temporada: Selene Marinho/ Radar Cultural - Gestão e Projetos.
Duração: 75 min
Recomendação etária: 16 anos
Serviço:
De 31 de outubro a 13 de dezembro de 2015
Local: Teatro Eva Herz - Conjunto Nacional.
Endereço: Av. Paulista, 2073 - Bela Vista - São Paulo/SP.
Dias e horários: sextas e sábados, às 21h; domingos, às 19h.
Duração: 75 minutos + 15 minutos de debate
Faixa etária: 16 anos
Ingresso: R$50
Versão Professora & Aluna: dias 31/out, 1, 6, 7 e 8/nov, 4, 5 e 6/dez.
Versão Professor & Aluna: dias 20, 21, 22, 27, 28 e 29/nov, 11, 12 e 13/dez |