É uma montagem alegre e inteligente, que nos faz refletir sobre o mundo em que vivemos. A história é medieval, só que atualíssima.
Um privilégio poder conferir um trabalho como esse. Por esse motivo, não percam e corram para adquirir os seus ingressos!
Till faz uma pertinente crítica ao homem que traça a sua trajetória pautada pela esperteza e enganação. Tem algo mais atual? Infelizmente, infelizmente, não tem!!!
Todos do Galpão são grandes artistas! Inês Peixoto (Till) merece destaque especial pela sua expressão corporal, o seu tom de voz e sensibilidade para criar um personagem, esperto e carismático, proporcionam à encenação.
O diretor Julio Maciel conseguiu dar dinamismo às cenas e ligá-las de maneira que prende a atenção do espectador.
É uma honra para o nosso teatro ter um grupo de artistas com talento e humildade, que trata a arte de interpretar como um sacerdócio.
Sempre digo que foi inesquecível passar um dia com eles em BH e acompanhar o ensaio de Um Trem Chamado Desejo; constatar que os ensaios são exaustivos, que o profissionalismo e a dedicação são admiráveis.
SINOPSE:O espetáculo conta a história de Till, típico anti-herói cheio de artimanhas e dono de um irresistível charme. Um dia, na eternidade, o Demônio aposta com Deus que se tirasse do homem algumas qualidades, ele cairia em perdição. Deus, aceitando o desafio, resolve trazer ao mundo a alma de Till.
Vivendo em uma Alemanha miserável, povoada de personagens grotescos e espertalhões, logo de início o protagonista é abandonado em meio ao frio e à fome e descobre que a única maneira de sobreviver naquele lugar é se tornar ainda mais astuto e enganador. Assim começa sua saga cheia de presepadas.
EQUIPE TÉCNICA
Direção: Júlio Maciel
Texto: Luís Alberto de Abreu
Elenco Personagens: Antonio Edson (Borromeu / Povo / Anão); Arildo de Barros (Parteira / Juiz / Camponês / Carrasco / Padre / Miserável); Beto Franco (Parteira / Português / Padre / Camponês / Miserável); Eduardo Moreira (Doroteu / Povo); Eliseu Custódio (Demônio / Camponês / Voz do Soldado); Inês Peixoto (Till); Lydia Del Picchia (Parteira / Consciência / Cozinheira / Menino); Simone Ordones (Alceu / Povo); Teuda Bara (Mãe / Miserável)
Cenografia e Figurino: Márcio Medina
Direção musical – arranjos, adaptações e composições: Ernani Maletta
Preparação corporal para cena: Joaquim Elias
Iluminação Original: Alexandre Galvão, Wladimir Medeiros
Adaptação projeto Iluminação: Rodrigo Marçal
Adaptação projeto cenográfico: Taísa Campos
Caracterização: Mona Magalhães
Adereços: Luiza Horta, Marney Heitmann, Raimundo Bento
Manutenção dos adereços: Marney Heitmann
Assistente de figurino: Paulo André
Preparação vocal: Babaya
Técnica de Pilates: Waneska Carvalho
Assistente técnico: William Teles
Costureiras: Taires Scatolin, Idaléia Dias
Comunicação: Fernando Dornas
Fotos: Guto Muniz / Casa da Foto
Projeto gráfico: Lápis Raro
Assistente de Produção: Lica Del Picchia
Produção executiva: Beatriz Radicchi
Direção de produção: Gilma Oliveira
Produção: Grupo Galpão
Classificação: Livre
Duração: 90`
E mais
Lançamento do Livro 40 anos Grupo Galpão “Tempos de Viver e de Contar”
Local: Alfaiataria Pátio
Data: 07 de abril
Horário: 11h
Mediação: Ruy Filho
Programação Gratuita
Interlocuções 2022
Curadoria: Celso Curi e Giovana Soar
O Ator e o desenvolvimento da presença em cena – com Eduardo Moreira – Grupo Galpão
Desenvolver a percepção e a importância dos conceitos de jogo de presença no trabalho do ator, a partir de uma série de exercícios desenvolvidos ao longo dos 40 anos de trajetória do Grupo Galpão.
EDUARDO MOREIRA
Natural do Rio de Janeiro, deu seus primeiros passos no teatro em espetáculos da faculdade de filosofia da UFMG e junto a grupos musicais como CURARE e Mambembe, ligados à Fundação de Educação Artística em Belo Horizonte, no final da década de 70 e início dos 80. Depois de uma série de montagens no teatro profissional da cidade, fundou em 1982 o Grupo Galpão, do qual é diretor artístico. Participou de todas as 25 montagens do Galpão ao longo destes quase 40 anos, tendo ganhado prêmios por suas atuações em diversos espetáculos. Dirigiu inúmeros espetáculos em parceria com diferentes grupos no Brasil e no exterior. Como dramaturgo escreveu vários textos como “De Tempo Somos”, “Nós” e “Outros”, montados pelo Galpão, além de ter feito várias adaptações de textos em “Os Gigantes da Montanha” de Luigi Pirandello e “Um Molière Imaginário” (baseado em “O Doente Imaginário”) de Molière. No cinema, também participou de projetos como ator, diretor e roteirista.
INÊS PEIXOTO
Atriz, diretora e dramaturga, nasceu em Belo Horizonte em 1960. Ingressou no teatro universitário (tu) em 1979. Em 1981 migrou para o Centro de Formação Artística da Fundação Clóvis Salgado (Cefar), onde se profissionalizou. É bacharelanda em cinema e audiovisual pela UNA. Trabalhou em espetáculos de produtores locais, como Alisson Vaz e Márcio Machado. produziu e atuou em “Casablanca, meu amor”, com direção de Yara de Novaes. Integrou a banda performática “veludo cotelê”. Em 1992, depois de participar de uma série de workshops promovidos pelo Grupo Galpão, foi convidada para a montagem de “Romeu e Julieta”, de Gabriel Villela. Desde então, tornou-se integrante do grupo, participando de mais de uma dezena de montagens do Grupo. No cinema, participou de vários curtas e longas, tanto como atriz quanto como diretora. No teatro, dirigiu vários espetáculos. Na televisão participou do especial “A Paixão Segundo Ouro Preto”, de Rogério Gomes e Cininha de Paula; e de diversas minisséries. Já foi agraciada com 12 prêmios por sua atuação em teatro e três prêmios por sua atuação em cinema.
LYDIA DEL PICCHIA
Mineira de Belo Horizonte, Lydia é atriz, bailarina, cantora, coreógrafa e diretora. Filha de músicos, estudou na Fundação das Artes de São Caetano do Sul desde os seis anos de idade. É formada pelo extinto Trans-Forma Centro de Dança Contemporânea, ponto de experiências culturais e interdisciplinares, fundado e dirigido por Marilene Martins nos anos 70, em BH. Aos quatorze anos, assessora Marilene e, logo a seguir, torna-se professora e integrante do Trans-Forma Grupo de Dança. Ao longo de 10 anos, exerce funções de bailarina, professora, assistente artística e coreógrafa. Em 1985 começa a dar aulas na Escola de Dança do Palácio das Artes e em seguida na Cia de Dança de Minas Gerais, onde atua também como assistente artística, professora e bailarina, tendo participado também do Grupo de Dança 1º Ato, onde explora a fusão entre música, teatro e dança, ali permanecendo por três anos como bailarina, professora e assistente artística. Em 1994, torna-se atriz do Grupo Galpão, onde atuou em todos os espetáculos do repertório desde então. Indicada como melhor atriz coadjuvante pelos espetáculos “Partido”, “Pequenos Milagres” e “Nós”, recebeu o prêmio de Melhor Atriz por “Eclipse” e “Outros”. Em diversas ocasiões atuou como diretora e assistente de direção teatral. É Coordenadora Pedagógica do Galpão Cine Horto desde 2004.
Oficina para atores.
Local: Alfaiataria Sala Multiuso
Data: de 6 a 9 de abril
Horário: das 14h às 17h
20 vagas (+ 10 ouvintes)
Programação Gratuita
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