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Teatro Adulto - Estreias

Roque Santeiro

Esta é a primeira vez que Roque Santeiro será montada como musical
Sinopse
Você sabia que o sucesso da TV Roque Santeiro, de Dias Gomes, foi inspirado na peça O Berço de Herói, também do Dias Gomes?

A adaptação para a TV aconteceu em 19885, com Regina Duarte, Lima Duarte e José Wilker nos papeis principais. Uma versão, com Betty Faria, de 1975, foi proibida por causa da censura. Vale dizer que em 1965 também censuraram a montagem teatral.

A obra ganha a sua versão para o teatro musical, agora em 2017.

Roque Santeiro, de Dias Gomes, estreia dia 27 de janeiro no Teatro FAAP com direção musical de Zeca Baleiro e direção geral de Debora Dubois

Esta é a primeira vez que Roque Santeiro será montada como musical e será uma opereta popular, no formato pensado originalmente por Dias Gomes.

O elenco traz nomes de atores com experiência; são 13 atores em cena: Jarbas Homem de Mello é Chico Malta; Livia Camargo faz a viúva Porcina; Flávio Tolezani é Roque Santeiro; Mel Lisboa interpreta Mocinha, filha de Dona Pombinha, vivida pela atriz Nábia Villela, e do prefeito Florindo Abelha, interpretado por Dagoberto Feliz.

Edson Montenegro é Padre Hipólito; Luciana Carnieli vive a dona do bordel da cidade, Matilde, e as duas prostitutas - Rosali e Ninon - são vividas respectivamente pelas atrizes Yael Pecarovich e Giselle Lima. O músico e ator Marco França faz o papel de Toninho Jiló. Samuel de Assis é Zé das Medalhas, e Cristiano Tomiossi faz o papel do General. A estreia acontece dia 27 de janeiro no Teatro FAAP.
Com direção de Debora Dubois, o musical tem trilha sonora assinada por Zeca Baleiro ( é a quinta parceria entre a diretora e o cantor e compositor).

Todo o repertório é executado ao vivo pelos atores com o apoio de dois músicos - André Bedurê (baixo e violão) e Érico Theobaldo (guitarra, percussão e eletrônicos).

Algumas letras do autor já existiam na versão original do texto e foram musicadas por Baleiro. Outras canções foram criadas especialmente para a peça.

“A trilha traz um toque levemente marcial, um certo tom militar, mas também tem elementos de bolero, tango, baião, valsa, muita brasilidade e brejeirices. Mas é bom deixar claro: a peça é diferente da novela, desde o texto até a música”, comenta Zeca Baleiro.

Claro que para quem assistiu a telenovela será difícil não lembrar da versão levada para a TV, até porque a trama da versão teatral traz os personagens que viraram icônicos da TV brasileira. A idéia de não colocar no repertório nenhuma música da novela, no entanto, foi acertada porque o sucesso foi estrondoso e a versão teatral, por trazer uma linguagem diferente da TV, precisa trazer um frescor diferente da novela, valorizando assim a obra original escrita para os palcos.

Para quem não conhece a trama:

Roque Santeiro, um antigo coroinha e fazedor de santos, é tido como morto e herói. Uma situação que fez a cidade progredir porque recebe religiosos fervorosos que acreditam na santidade de roque.

Num certo dia, no entanto, ele volta para a cidade e o desespero toma conta da vida dos poderosos, que fazem de tudo para que ninguém descubra que Roque está vivo e que a história de sua santidade é falsa.

Uma bela crítica à hipocrisia dos donos do poder.

Vale a pena reproduzir informações sobre a peça Roque Santeiro ou O Berço do Herói:

A peça O Berço do Herói foi escrita em 1963 por Dias Gomes e deveria ter sido encenada em 65 com direção de Antônio Abujamra e música de Edú Lobo, mas foi censurada pelo governo militar duas horas antes da sua estreia. A proibição do texto durou cerca de 20 anos. A primeira encenação de O Berço do Herói ocorreu no Teatro “The Playhouse”, do Departamento de Teatro e Cinema da PennsylvaniaStateUniversity, em 28 de novembro de 1976, em tradução de LEON LYDAY. Em 1975 Dias Gomes resolveu adaptar a obra para a televisão.

Mas, novamente, a história foi proibida. Dez anos depois, em 1985, já com o país vivendo o processo de redemocratização, a novela foi levada ao ar. O sucesso foi estrondoso e imediato. Tal foi o êxito, nacional e Internacional da novela, que esta nova edição da peça foi retrabalhada por Dias Gomes. O autor resolveu enriquecê-la com cenas que lhe foram sugeridas pela novela.

“Ao leitor desavisado quero alertar que não se trata do texto (seria impossível, dada sua extensão) da novela ROQUE SANTEIRO, nem mesmo uma sinopse ou uma adaptação para novela literária e sim o original da peça o Berço do Herói, do qual foi extraída a telenovela.

Escrevi O BERÇO DO HERÓI em 1963. Com o golpe militar de 64, tive que esperar quase dois anos até que surgisse um produtor suficientemente corajoso e interessado em montá-la. A Editora Civilização Brasileira publicou o texto no início do ano de 65, com um contundente prefácio de Paulo Francis e uma mordaz orelha de Enio Silveira (o que levou um general a exigir do Conselho de Segurança Nacional a prisão dos mesmos... e do autor da peça, evidentemente.). É que a peça abordava o mito do herói (e herói militar), tema delicado para o momento que atravessava o país. Tão delicado que ela acabou sendo proibida na noite em que deveria ser encenada pela primeira vez. O então Governador Carlos Lacerda, pressionado pelos militares, assumiu publicamente a autoria da proibição. (...)

Dez anos depois, em 1975, os militares ainda mandavam no País, mesmo assim decidi adaptá-la para a televisão, embora o texto teatral continuasse proibido. É evidente que procurei burlar a censura,não só dando-lhe outro título, ROQUE SANTEIRO (ou mais precisamente A FABULOSA HISTÓRIA DE ROQUE SANTEIRO E SUA FOGOSA VIÚVA, A QUE ERA SEM NUNCA TER SIDO), como também trocando os nomes de quase todas as personagens, além de transformar o protagonista, um cabo da força expedicionária brasileira no original, num artesão, um fazedor de santos de barro, um santeiro. Com essas alterações e mais o acréscimo de algumas tramas paralelas, achava eu que ninguém poderia ligar a novela à peça. No entanto, a novela também foi proibida quando eu já tinha mais de cinqüenta capítulos escritos. Na época, não ficaram claras as razões da proibição, que revoltou a opinião pública e levou a Rede Globo a um veemente protesto contra a Censura Federal em editorial transmitido no horário mesmo da novela e em seguida repetido pelo Jornal Nacional. Só muito recentemente, quando um jornalista teve acesso ao arquivo de telefonemas gravados pelo SNI, veio a público o que de fato ocorrera. O SNI grampeara o telefone do historiador Nelson Werneck Sodré e gravara um telefonema meu para ele. Nesse telefonema eu lhe confidenciava inadvertidamente que a novela ROQUE SANTEIRO era uma adaptação disfarçada de O BERÇO DO HERÓI. A gravação não omitia nem mesmo as gargalhadas que eu e Nelson dávamos em seguida...

(..) Mais dez anos se passaram e, em 1985, já com o país em processo de democratização, a novela foi finalmente liberada. Tal foi o êxito, nacional e internacional que, ao reeditarmos agora o texto da peça, fomos obrigados a alterá-lo em vários pontos. As personagens, de tal forma haviam sido popularizadas pela televisão, que não teria sentido mantê-las com os nomes originais. (...)”. Dias Gomes

Ficha Técnica
Texto: Dias Gomes. Direção: Débora Dubois. Direção musical: Zeca Baleiro. Elenco: Jarbas Homem de Melo, Livia Camargo, Flavio Tolezani, Mel Lisboa, Luciana Carnieli, Edson Montenegro, Dagoberto Feliz, Nábia Villela, Yael Pecarovich, Giselle Lima, Marco França, Samuel de Assis, Cristiano Tomiossi. Músicos: André Bedurê e Érico Theobaldo. Assistência de direção: Luis Felipe Correa. Direção de movimento: Fabrício Licursi. Cenário: Débora Dubois. Figurinos: Luciano Ferrari. Iluminação: Fran Barros. Preparação Vocal: Marco França. Produção Executiva: Fabrício Síndice e Vanessa Campanari. Coordenação: Elza Costa. Direção de Produção: Edinho Rodrigues. Realização: Ministério da Cultura e Brancalyone Produções Artísticas.

Serviço
Estreia 27 de janeiro
Teatro FAAP - www.faap.br/teatro
Sextas e Sábados às 21h e Domingos às 18h
Rua Alagoas, 903 - Higienópolis, São Paulo
Tel. (11) 3662-7233 / 7234
Duração 120 minutos
Classificação indicativa – 14 anos
Ingressos: Sextas R$ 80,00 (inteira); R$ 40,00 (meia). Sábados e Domingos R$ 90,00 (inteira); R$ 45,00 (meia)

*Dias 27 de janeiro e 03 de fevereiro:
Ingressos a R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)

Bilheteria quarta a sábado das 14h às 21 e domingo das 14h às 18h
Estacionamento no local

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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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