Monólogos interconectados relatam uma tragédia: um casal têm o relacionamento abalado após o marido cometer violência contra a mulher.
O diretor optou por colocar os atores em cena realizando movimentos minuciosos, quase parados, enquanto os seus personagens descrevem entre lágrimas, risos, tesão e orgulho o triste fato que prejudicou o relacionamento conturbado, de pessoas que vivem .
Na trama, a mulher é mãe aos 16 anos, sofre para criar os três filhos. O marido, apelidado de “midday man”, vive do roubo de carros.
O relacionamento não é fácil, mas ele começa a desmoronar o primogênito Billy morre atropelado por um caminhão de cerveja.
Num certo dia, após uma partida de futebol, Joe quase mata a esposa, espancando-a. Ela foge com as crianças e tenta reconstruir a vida, enquanto o marido afunda na heroína, nas prisões e sofre com a AIDS.
Segundo o diretor Darson Ribeiro a peça prima pela simplicidade e a história é narrada de maneira direta, brincando com o imagético. Além disso, esta peça vai de encontro com trabalhos que já realizou no teatro, como a mais recente Os Guarda-Chuvas, que discutia a degradação da família culminada com a morte da esposa e mãe, interpretada por Maria Fernanda Cândido”.
O diretor comenta sobre a violência contra a mulher. “A sociedade dá pouca atenção para o fato. O teatro tem a função de alertá-la. Desta forma, o Conselho Estadual de Defesa da Mulher, por meio de sua Presidente Rosmary Correa foi o primeiro a credenciar esse projeto”.
“Vivemos numa época em que cada vez mais o homem, ainda que inconscientemente, vem tentando contar com seus sentidos. É nesse estado que ele, paradoxalmente, provoca em si atitudes que ultrapassam limites da consciência. Só depois, já com o ato consumado, é que busca a qualquer custo se livrar das armadilhas de seu próprio desejo. Assim, empenha-se desmedidamente em valorizar o que era simples, belo e eficaz: o viver... Quase numa espécie de sublimação. Por esse motivo escolhi a Galeria Verniz - um antiquário que tem a delicadeza de misturar objetos com a força de peças e mobiliário industrial, que vai de encontro à ‘cenografia desmantelada’, e ao mesmo tempo aconchegante, do casal protagonista. As pessoas entram e se sentam em pequenos lounges com poltronas e mesas em ambientes íntimos, podendo inclusive comprar não só as peças onde estão sentadas, mas obras de arte, relíquias, sofás, tapeçarias e vasos.” Finaliza o diretor.
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Ficha técnica
Texto: Sebastian Barry
Direção, tradução, Trilha, cenografia e figurino: Darson Ribeiro
Elenco: Alexandre Tigano (Joe) e Claudiane Carvalho como (Janet)
Participação especial: Enrico Bezerra
Iluminação: Rodrigo Souza
Iluminotécnica: LPL Lighting Designer
Consultoria técnica: Capitão Marcelo Nogueira
Edição/trilha: Lalá Moreira DJ
Fotografia: Eliana Souza
Design: gráfico Iago Sartini
Assessoria de imprensa: Eliane Verbena
Suporte de movimento: Gustavo Torres
Assistente de direção 1: Arnaldo D’Avila
Assistente de direção 2: Camila Carneiro
Auxiliar de produção: Eli Barcellos
Serviço
Espetáculo: O Orgulho da Rua Parnell
Local: Verniz Galeria
Rua Álvaro de Carvalho, 318. Centro/SP
Estreia: 14 de janeiro de 2017. Sábado, às 20h
Temporada: sábados e segundas (às 20h) e domingos (às 19h) - Até 19/02
Ingressos: R$ 60,00 (meia: 30,00).
Bilheteria: 1h antes das sessões (aceita cheque e dinheiro).
Classificação: 12 anos. Duração: 75 minutos. Gênero: drama. Capacidade: 50 lugares.
Ingresso online: www.ingressorapido.com.br (4003-1212). Reservas: (11) 97655-3687
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