Arigós – bandeira, espinha-de-peixe, cara-de-gato do Mundu Rodá, fala sobre o Ciclo da Borracha
Arigós - bandeira, espinha-de-peixe, cara-de-gato. Arigós, pássaros migratórios, apelido dos soldados da borracha que nos anos da segunda grande guerra chegaram à região da Amazônia.
Uma história brasileira que merece atenção e será apresentada no Centro Cultural São Paulo, na Sala Ademar Guerra (porão), de 19 de janeiro a 12 de fevereiro de 2023, de quinta a sábado, às 21h, e domingo, às 20h, grátis.
A inspiração vem de Euclides da cunha de pesquisas realizadas em campo, na Amazônia. São depoimentos de ribeirinhos, descendentes dos arigós. Povos da floresta que têm muito a nos dizer.
Para o grupo Mundu Rodá, que adentra o universo amazônico no rasto da borracha, a peça retrata uma “migração criativa”, ¨que reflete o próprio trajeto realizado por esses migrantes¨, ¨o espetáculo é para nós um deslocamento do universo cultural nordestino, com que temos trabalhado a mais de 20 anos, rumo à Amazônia ainda desconhecida e imaginada¨, declara.
Um trabalho que mistura música, dança e vídeos. A trilha traz composições originais e canções compostas por seringueiros, uma trilha que certamente é um ponto alto da montagem.
Além do espetáculo, uma série de atividades paralelas estão programadas, destaque para uma exposição no corredor de acesso para a Sala Ademar Guerra, com fotos e vídeos da pesquisa e uma série de conversas com convidados(as), para contextualizar tudo que acontece lá.
Sobre a Cia. Mundu Rodá
A Cia. Mundu Rodá foi fundada em 2000 pelos artistas Juliana Pardo e Alício Amaral, e possui um trabalho continuado de pesquisa que, desde seu surgimento, tem contribuído para um movimento das artes brasileiras contemporâneas que se pensam para além dos padrões eurocêntricos de criação e modos de produção. Vem construindo uma linguagem cênica própria a partir da observação, inter-relação e prática com as Danças Dramáticas Brasileiras e o Trabalho de Artistas Intérpretes, nas áreas do Teatro, Dança e Música.
A partir de pesquisas de campo e intercâmbios com artistas de diferentes áreas, trabalhamos na criação de uma metodologia de preparação e encenação de artista intérprete que dialoga com as urgências e formas de nossa própria época e com os saberes ancestrais que constituem nossas fontes ativas. As corporeidades e musicalidades que constituem as Danças Dramáticas Brasileiras, assim como o estudo biomecânico do corpo-brincador, permeiam nossos trabalhos artístico-pedagógicos.
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Ficha Técnica
Concepção e atuação: Alício Amaral e Juliana Pardo
Direção: Antonio Salvador
Musicista e Músico em cena: Amanda Martins e Henrique Menezes.
Contrarregragem em cena: Rodrigo Reis.
Textos: Murilo de Paula e Euclides da Cunha (excertos da obra A Margem da História).
Coordenação Dramatúrgica: Luís Alberto de Abreu e Maria Thaís
Pesquisa dramatúrgica: Cia. Mundu Rodá, Luís Alberto de Abreu, Maria Thaís, Murilo de Paula e Antonio Salvador
Direção e Criação Musical: Alício Amaral
Desenho de Luz Eduardo Albergaria
Operação de Luz: Eduardo Albergaria e Felipe Stucchi
Cenário: Eliseu Weide e Wanderley Wagner da Silva.
Figurino: Emília Reily e Eliseu Weide
Pesquisa Cenário e Figurino: Cia. Mundu Rodá, Antonio Salvador e Eliseu Weide
Serviço
Arigós - bandeira, espinha-de-peixe, cara-de-gato
Cia Mundu Rodá
Temporada: de 19 de janeiro a 22 de fevereiro de 2023, quinta a sábado às 21h, e domingo, às 20h.
Local: Centro Cultural São Paulo - Sala Ademar Guerra - Porão (Rua Vergueiro, 1000 - Paraíso - São Paulo)
Ingressos: Gratuitos - Retirada de ingressos na bilheteria, 1h antes da sessão
Duração: 80 minutos Recomendação: 12 anos Lotação: 80 lugares
Para seguir a Cia Mundu Rodá nas redes:
@munduroda (Instagram)
www.munduroda.com
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