EZUÓ, BREVIÁRIO DAS ÁGUAS
Dramaturgia - Rudinei Borges
Direção - Patricia Gifford
Atuação - Edgar Castro
Após a temporada de 24 apresentações gratuitas, o espetáculo prorroga temporada por mais três semanas, até 06 de junho,
sempre aos sábados,às 21h, domingos e segundas-feiras, às 20h
Na Casa Livre
Ingressos – R$ 20,00 e R$ 10,00| 40 lugares | 75 minutos
Montagem teatral inédita do Núcleo Macabéa, fala da expulsão de Dezuó e sua família de sua casa para a construção de uma usina hidrelétrica no Rio Tapajós, oeste do Pará, na Amazônia brasileira.
A peça é ficção, mas o assunto abordado é bastante conhecido dos brasileiros que são obrigados a sair de suas casas em nome do progresso.
O objetivo é falar das mazelas de uma política desenvolvimentista que ocasiona uma disfunção social. Com a perda de sua terra, a destruição do vilarejo onde morava, e sem endereço fixo, Dezuó passa a perambular por becos de uma cidade grande.
“Dezuó é aquele que narra aos demais cidadãos da pólis a ancestralidade da terra. Como dizia dos meninos o poeta Carlos Drummond de Andrade naquele livro de 1973, trata-se de um Menino Antigo, sujeito que desvela, no novelo da memória, o tempo arcaico. Assim, o homem-menino reinventa, por intermédio da palavra e da cena, as figuras familiares mais íntimas bem como as inquietações da infância: o medo, a dor, a perda, a presença alegre e dizimadora dos adultos em um contexto onde, imbuídas de força, estão as inquietações sociais da pobreza dos grotões, dos interiores onde ainda não há escola e o advento tecnológico das grandes cidades passa longe”, diz o ator Edgard Castro.
Ciclo de Dramaturgia e Memória Ao rés do chão
Terças-feiras, às 19h30, com realização de conversas com dramaturgos que inscrevem em suas obras cênicas a memória autobiográfica e coletiva como questão central.
Serão sete encontros com a presença dos dramaturgos Ilo Krugli, Kiko Marques, Samir Yasbek e Solange Dias (confirmados) A discussão será sobre os aspectos-chaves de peças teatrais que se alicerçam em memórias documentais ou ficcionais.
3h de duração. Aberto ao público e gratuito.
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