TEATRO
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Teatro Adulto - Estreias

A Última Dança volta em cartaz - 19 de setembro a 28 de novembro Segundas-feiras às 21h

Espetáculo solo de Natalia Gonsales é inspirado no diário de "Expérience de la vie d'usine" ("Vivendo a vida da fábrica") da escritora e filósofa francesa Simone Weil .
Sinopse
Natalia Gonsales não para. Além de estar em cartaz com Fala Comigo Antes da Bomba Cair, no Eva Herz, acabou de fazer o infantil O Livro de Tatiana, reestreia o monólogo inspirado em diário da escritora e filósofa francesa Simone Weil, que era operária e registrou o difícil cotidiano dentro das fábricas.

As pesquisas publicadas por Eclea Bosi (“Simone Weil - A condição operária e outros estudos sobre a opressão”) também foram usadas para a criação do espetáculo, que foi adaptado para o teatro pelo dramaturgo, diretor, coordenador do Núcleo de Dramaturgia do SESI, César Baptista.

Segundo Natalia, a peça mostra a dura realidade que a escritora registrou nos seus diários: ¨ a fome, o calor do forno, as labaredas, o barulho terrível da caldeiraria, os acidentes, as doenças, as ordens, o medo, o ritmo crescente do trabalho, o esgotamento, o envelhecimento, a infelicidade, o emburramento¨, num cotidiano onde a ordem é imposta pela força, numa realidade onde é proibida a luta pelos direitos trabalhistas.

O cenário criado por Flávio Tolezani leva para o palco máquinas de linha de produção. Luz e trilha também são inspirados no ambiente de uma fábrica: A trilha, de Daniel Maia, além de canções inspiradas nos sons das fábricas, é composta por ruídos das correias e barulhos de macetadas. A luz, de Igor Sane, traz para a cena a insalubridade do ambiente de trabalho.

Vale a pena reproduzir a fala de Natalia sobre A ÚLTIMA DANÇA :

¨Dedico este espetáculo ao meu irmão Marco Antonio Gonsales. Um homem de coragem, capaz de seguir caminhos diferentes da grande massa, capaz de “GRITAR” e de aguentar o barulho provocado, capaz de catar os cacos de vidro que estouram para colar novamente.
E na arte? Quando optamos por ela, não estamos seguindo um caminho diferente? Acredito que a resposta deveria ser sim, porém nem sempre é. O homem, o artista deveria ter o sentimento da apropriação: “Nada mais forte para o homem que a necessidade de se apropriar pelo pensamento. Uma cozinheira diz: minha cozinha.” Palavras de Simone Weil. E um ator? Não deveria se apropriar do espaço, ou seja, do teatro? Porém, muitas vezes somos vistos apenas como uma unidade de força de trabalho, sem voz e que esta ali apenas para executar: “Cale-se. Você é apenas uma atriz.”
Porém, nessa minha pequena trajetória artística, me senti muitas vezes calada, onde o pensamento morre, o corpo se curva ao poder, ao dinheiro e principalmente ao sistema. Acredito que somos educados a esperar, receber ordens, calar, executar. Aguentar tudo em silêncio. Mas se escolhemos viver não podemos ter medo do grito. Nesse caso, o que diferencia um artista de um operário que não sabe o que produz, logo não tem o sentimento de ter produzido algo? E os outros? Que não necessariamente são artistas ou operários/trabalhadores, mas que se curvam aos valores impostos pela sociedade capazes de levar ao aprisionamento e a cegueira.
E assim, o calar me conduziu ao grito. Um grito parecido com o grito do meu irmão. E desse encontro, fui presenteada por ele com os relatos da Filósofa Simone Weil. Relatos dela nas fábricas, quando essa mulher abdicou de uma vida farta para viver entre os operários. E através da experiência ela vivenciou uma realidade dura e aceitou as marcas da escravidão
Ficha Técnica

Concepção e Atuação: Natalia Gonsales. Encenação: Natalia Gonsales, César Baptista, Fernanda Bueno e Janaína Suaudeau. Provocadores: César Baptista e Janaína Suaudeau. Criação Dramatúrgica: César Baptista. Direção de Movimento e Coreografia: Fernanda Bueno. Composição Sonora: Daniel Maia. Iluminação: Igor Sane. Cenário: Flávio Tolezani. Figurino: Natália Gonsales. Designer Gráfico: Murilo Thaveira. Fotografia: Flávio Tolezani. Produção Executiva: Anna Zêpa. Direção de Produção: Natalia Gonsales



Serviço:
Reestreia 19 de setembro
Duração: 60 minutos
Classificação: 12 anos
Local: Viga Espaço Cênico – Sala Viga.
Rua Capote Valente, 1323. São Paulo / SP
Capacidade: 80 lugares
Informações: (11) 3801-1843
Temporada: 19 de setembro a 28 de novembro
Segundas-feiras, às 21h
Ingresso: R$ 30
Horário de funcionamento da bilheteria: duas horas antes do espetáculo, com possibilidade de reserva por telefone a partir das 14h, para chegada até 15 min. antes do início da sessão. Gênero: drama. Até 28 de novembro.


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DE OLHO NA CENA BY NANDA ROVERE - TUDO SOBRE TEATRO, CINEMA, SHOWS E EVENTOS Sou historiadora e jornalista, apaixonada por nossa cultura, especialmente pelo teatro.Na minha opinião, a arte pode melhorar, e muito, o mundo em que vivemos e muitos artistas trabalham com esse objetivo. de olho na cena, nanda rovere, chananda rovere, estreias de teatro são Paulo, estreias de teatro sp, criticas sobre teatro, criticas sobre teatro adulto, criticas sobre teatro infantil, estreias de teatro infantil sp, teatro em sp, teatros em sp, cultura sp, o que fazer em são Paulo, conhecendo o teatro, matérias sobre teatro, teatro adulto, teatro infantil, shows em sp, eventos em sp, teatros em cartaz em sp, teatros em cartaz na capital, teatros em cartaz, teatros em são Paulo, teatro zona sul sp, teatro zona leste sp, teatro zona oeste sp, nanda roveri,

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